sábado, 7 de maio de 2011

Fez menção de voltar, girou o corpo e deu de cara com a porta. A força pra evitar o esbarrão fez desandar dois passos para trás e um sonho acima, até restabelecer o equilíbrio. Ainda trôpega e vacilante, repetiu em silêncio e depois para ouvir a própria voz: o caminho é adiante. Não dava mais para retornar. Na verdade, nem queria. Foi um ou dois segundos de medo e a tentação de uma última espiadinha. O mundo todo pela frente e o desejo medíocre de uma porta fechada.

2 comentários:

Caceres disse...

Às vezes é virar, olhar e fechar a porta.

Debora disse...

Amiga, o texto caiu como uma luva pra minha noite. Você não tem nem noção.. ai ai.. enfim...







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