quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pretensiosa. Era assim que agora se via. E enxergava mais: quanta besteira em tal pretensão (porque toda pretensão guarda um muito de burrice).
Achar que o amor não iria acontecer de novo?
E se se que seria a primeira. E pior, ser única?
Como se estivesse em tal estado de elevação?
Agora se via nua. Despida de quaisquer resquícios de ilusão que nem sabia existir.
Sentia-se traída, muito mais pela ignorância do que pelo amor que acontecia de novo.
Via-se no canto da sala, como escultura sem roupas. Foram rasgadas. Roubada. E se agachava do pedestal na tentativa de esconder o corpo.
Esconder o que era, o que foi um dia, o que ainda poderia... se não fosse o amor a acontecer de novo.
Quanta pretensão achar que ele não viria (ao menos pra você)!

Um comentário:

Anônimo disse...

Claro que viria... Adoro suas citações,ler elas alimenta um pouco de tudo; de amor, esperança, sonhos... e o que somos se não sonhamos né? Ja li todas daqui e me encontro em várias delas... Escreva sempre, você compartilha conosco um pouco do muito que sente... Obrigada!!

Emanuelle.