
Não sei bem o que aconteceu.
De repente, amarelou. Como no sinal que corre solto e estanca no amarelo.
Assim, de última hora, no fechar da porta, no tchau.
Quando ia ser, não foi.
Poderia ser de qualquer cor, mas justo a minha favorita?
O amarelo sempre me lembrou o sol, a luz, a alegria.
Desde pequena me vesti da cor da vida.
De repente, amarelou. Como no sinal que corre solto e estanca no amarelo.
Assim, de última hora, no fechar da porta, no tchau.
Quando ia ser, não foi.
Poderia ser de qualquer cor, mas justo a minha favorita?
O amarelo sempre me lembrou o sol, a luz, a alegria.
Desde pequena me vesti da cor da vida.
Nas telas em que pintava o mundo, a matiz e seus tons sempre foram predominantes.
Devolvia-me o sorriso nos dias mais cinzas, nos avermelhados ou mesmo naquele em que a as gauches, os pastéis e os óleos se misturam em composição indefinida!
O sorriso.
Sempre o vi como uma porta aberta, convidando a entrar. Os olhinhos brilhando, num tom mel, emanavam uma luz que me invadia e me fazia ressurgir menina de todas as idades.
No dia em que me chamou pra provar o líquido preto e gelado, eu me vesti de rosa. Rosa como debutantes que festejam o amor, sem se importar com a ordem, se o primeiro, o segundo, o terceiro, só em festejar. E passei a noite acordada imaginando situações e sonhando de olhos abertos. Como menina de 15 anos não me continha em expectativas até a hora marcada.
No meu livro, sentada no chão com os pés tocando as nuvens, desenhei arco-íris, rabisquei bocas, corações e beijos e derramei todas as tintas enquanto o relógio corria e me dava a sensação de gelinho na barriga.
Eu estava viva, tão viva quanto o tom mais fluorescente da minha cor. Seja ouro, gema, canário, limão. O mais bonito.
Então que, na hora do vernissage, a cor mudou, ganhou a sua pior derivação.
Destoando do cenário, da tela, da moldura, de tudo ali. Mudou.
Não entendi.
Talvez tenha sido os pincéis, cansados dos meus devaneios, que resolveram me pregar uma peça. Sentiram-se traídos e armaram uma conspiração por eu ter escolhido o pink naquele tarde? Vá saber.
O que sei é que amarelou.
Poderiam no auge do ciúmes terem jogado solvente, mas...
Naquele dia, justo naquele dia, o sorriso foi amarelo.
Devolvia-me o sorriso nos dias mais cinzas, nos avermelhados ou mesmo naquele em que a as gauches, os pastéis e os óleos se misturam em composição indefinida!
O sorriso.
Sempre o vi como uma porta aberta, convidando a entrar. Os olhinhos brilhando, num tom mel, emanavam uma luz que me invadia e me fazia ressurgir menina de todas as idades.
No dia em que me chamou pra provar o líquido preto e gelado, eu me vesti de rosa. Rosa como debutantes que festejam o amor, sem se importar com a ordem, se o primeiro, o segundo, o terceiro, só em festejar. E passei a noite acordada imaginando situações e sonhando de olhos abertos. Como menina de 15 anos não me continha em expectativas até a hora marcada.
No meu livro, sentada no chão com os pés tocando as nuvens, desenhei arco-íris, rabisquei bocas, corações e beijos e derramei todas as tintas enquanto o relógio corria e me dava a sensação de gelinho na barriga.
Eu estava viva, tão viva quanto o tom mais fluorescente da minha cor. Seja ouro, gema, canário, limão. O mais bonito.
Então que, na hora do vernissage, a cor mudou, ganhou a sua pior derivação.
Destoando do cenário, da tela, da moldura, de tudo ali. Mudou.
Não entendi.
Talvez tenha sido os pincéis, cansados dos meus devaneios, que resolveram me pregar uma peça. Sentiram-se traídos e armaram uma conspiração por eu ter escolhido o pink naquele tarde? Vá saber.
O que sei é que amarelou.
Poderiam no auge do ciúmes terem jogado solvente, mas...
Naquele dia, justo naquele dia, o sorriso foi amarelo.
6 comentários:
Na verdade amiga, as respostas vc mesma as possui. Tente mudar as cores de sua tela. Tenho certeza que dentre uma infinidade de cores, vc encontrará outras tantas, tão belas como as cores do sorriso amarelo e fazer da vida um constante recomeçar, lindo, colorido...pleno!
Até agora sem entender os motivos, mas não dá pra entender tudo que acontece na vida da gente. E não é por isso que você vai deixar a aquarela de lado... Continuaremos a colorir a vida com todas as cores, até com os amarelos sem graça, os cinzas nebulosos porque também é preciso...
Ameegaaaaaaaa. O que foi issooooo, me-conte-pelamoooooordedeus.
Hahahahaha.
Mas que eu amei esse texto, eu amei.
Vc é sensível demais e fala de coisas que pode até nem serem tão alegres mas de uma forma deliciosa.
Minha amigaaaaa.
=**
E oh... Na boa.
Se amarelou hj, amanhã melhora viu.
Fica azul-azul, cor-de-rosa, VERMELHO................
É só esperar um pouquinho.
;-)
Bjoka.
A aquarela da vida está aí, em todas as cores e tonalidades. O cinza existe, claro, mas também existe o amarelo! Esse jogo de cena faz lembrar a sombra, que só nasce onde existe luz. Humano e sagrado estão aí; alegrias e tristezas, também. Cabe somente a nós saber conviver com essas situações, sendo feliz a cada segundo, vivendo o agora, seja ele amarelo ou cinza, como se fosse a última imagem a registrar nessa existência. Belo texto, Sara. Parabéns.
Tá na hora de mudar o texto, né????? Pq o sorriso que era amarelo ficou multicoloridoooooooooooooooo!!!!!
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