domingo, 21 de fevereiro de 2010

O pulo


Ele pegou a minha mão e disse para eu pular. Pronto. Era só o “empurrão” que eu precisava para me atirar dali. A segurança de que não estaria sozinha e poderia compartilhar o impacto da queda, bastava para cessar o receio da ponta do pé. Não era a palavra, mas como foi dita, entre um olhar acenado com a cabeça e a mão segurando suave e firme a minha. Pula! E eu me joguei. E aproveitei cada segundo daquela sensação de ladeira de Marpas, enquanto o coração subia a boca e o vento descompunha o cabelo e o vestido. Uma eternidade em dois, três segundos. Intenso e leve como deve ser. As nuvens ainda estavam lá quando pisei o chão.
Há atitudes que são assim, dispensam pára-quedas.

5 comentários:

Debora disse...

"Há atitudes que são assim, dispensam pára-quedas."

Vou guardar comigo.. Quem sabe me ajuda em algumas atitudes que preciso tomar e que não me arrisco. ;)

Civone Medeiros disse...

Se Atiraaaaaaaaaaaaaaa Sara! Srtª Bela!

Encantada com tuas palavras... Tuas mil coisas de um tanto sem fim... de Encantos mil...

Cheguei por aqui via @michelleferret (saudade da galinha!) e saiba, vou voltar mais de mil vezes por aqui!

ENJOY! Atire-se... Seu pára-quedas é sua alma, bela!

;-)
bjs, Civ

A Princesa do Castelo disse...

Eu tbm aprendi que, as vezes, o pára-quedas é totalmente dispensável!!!!
Bjos

Marcelo Tavares disse...

Você sempre tem uma frase na manga (para seduzir os leitores).

Merélia disse...

lindo texto! parabéns! voltarei mais vezes!